terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Um pequeno aviso

Olá Astroleitores!
Vocês podem ver que estou visitando pouco o blog... Pois é. Agora nas férias eu vou seguir com um projeto, estou meio que escrevendo um livro e bem, tenho procrastinado muito esse projeto. Vou ir firme com ele até o final das férias, pretendo terminá-lo e voltar a postar normalmente.

Espero que entendam e aguardem nossos próximos encontros.
Abraços a todos.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Teoria da Relatividade - Vídeo

Olá Astroleitores!
Depois de algum tempo sem postar, vim só dar uma passadinha por aqui e aproveitar pra deixar um vídeo pra vocês.
Na verdade são dois: um sobre Tempo e outro sobre Espaço. 
São muito bacanas.
Até mais.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Escala Evolutiva das Civilizações - Introdução

Olá, queridos Astroleitores!

Primeiramente, gostaria de agradecer aos muitos comentários de congratulações. Essa época da OBA é, como eu costumo chamar, a alta temporada do Princípios da Astronomia, me esforcei para responder e agradar a todos, mas é complicado. Nos anos anteriores já postei bastante coisa referente à prova, matérias de todos os níveis, então é só se orientar pelos marcadores do blog :)

Depois de um tempão sem dar as caras por aqui, resolvi experimentar o estilo bloguístico do meu caro colega Carlos Capela, do Blog Observações Noturnas com uma pequena "série" de postagens sobre um mesmo assunto. Na verdade, vou me basear numa matéria da revista Superinteressante, a edição 34-A - Março/2013, chamada Guia de Viagens Intergaláticas, a qual vou resumir. Cá uma introdução:

O ser humano parece ter um comichão que o impede de ficar parado. A exploração e conquista espacial é um dos maiores exemplos disso. Já que ninguém sabe ao certo como será o futuro, o que nos resta é apresentar hipóteses, como fez o astrônomo Nikolai Kardashev em 1964 ao dividir as supostas civilizações extraterrestres em três categorias: A do tipo I, que consome a energia total que chega a seu planeta; a do tipo II, que usa o total de energia produzido por sua estrela; e a do tipo III, que consome a energia de sua galáxia.
A Terra seria, no momento, o tipo 0 - nem mesmo a energia que chega até nós é dominada por completo. O físico Michio Kaku, da Universidade Municipal de Nova York, estima que atingiremos o tipo I em 200 anos, o tipo II em 10 mil anos e o tipo III em 1 milhão de anos. Seguindo essas hipotéticas previsões, a revista Galileu dividiu os grandes marcos de nossa civilização, produzindo uma escala evolutiva. "Como sempre, esbarramos em nossas próprias limitações. É o eterno teste da inventividade humana, que nos desafia desde sempre e não deve ir embora tão cedo. Ainda bem, diga-se de passagem.";
Salvador Nogueira, editor.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Desvendando a matéria escura (ou quase lá)

Já comentei sobre a Matéria Escura em algumas postagens. 
Essa substância misteriosa que não interage com a luz, segundo teoria, forma boa parte do Universo, mas ninguém sabe descrever sua estrutura de modo preciso. 
Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) antes de ser enviado ao espaço (Foto: Divulgação/Michele Famiglietti/CERN/Nasa)
Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) antes de ser enviado ao espaço (Foto: Divulgação/Michele Famiglietti/CERN/Nasa)
Nessa quarta-feira (03) cientistas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) anunciaram que podem ter identificado evidências de matéria escura no Universo, ressaltando ainda que podem ter registrado traços físicos da tal substância ao estudar a radiação de pósitrons (o equivalente a um elétron, mas com carga positiva) identificados na Estação Espacial Internacional (ISS) nos últimos 18 meses.
O estudo acerca da matéria escura foi realizado com a ajuda do Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) a bordo da ISS. O AMS identificou uma quantidade razoável de pósitrons que podem ter surgido do decaimento da matéria escura. Segundo os pesquisadores, tais dados podem levar a uma descoberta muito empolgante no futuro. O AMS vai continuar em atividade e nos próximos meses (ou anos) poderá afirmar se os pósitrons são de fato evidências da matéria escura ou se têm alguma outra origem.
"Seria incrível, algo como descobrir um continente completamente novo", afirmou a física Pauline Gagnon, que trabalha no Cern.

Fonte (com modificações): G1

Uma breve conversa entre Richard Dawkins e Stephen Hawking

Olá Astroleitores!

Achei esse vídeo enquanto passava o tempo no Facebook e gostei muito, é bem curtinho porém interessantíssimo. Um trecho de cinco minutos de uma conversa entre Richard Dawkins e Stephen Hawking, onde abordam temas como Evolução, Origem da Terra e do Universo, Universos Paralelos, o futuro da humanidade, previsões para a ciência, enfim...



sexta-feira, 22 de março de 2013

E a polêmica continua... (tão desnecessária!)

Olá Astroleitores!
Lá vou eu mais uma vez me expôr (espontaneamente) aos bombardeios de fanáticos religiosos. Muitos veriam isso como um autoflagelo, mas meu senso crítico não me deixa outra alternativa.
Depois do post que fiz sobre a polêmica entre ciência e religião, recebi alguns comentários bem... mal-criados. Eu poderia revidar sendo igualmente baixa apelando para aquelas palavrinhas feias, mas meu bom senso não me oferece nem permite essa regalia; logo, decidi criar outro post. A diferença entre ser igualmente baixa e criar outro post em resposta está no fato de que - vejam só - eu apresentarei argumentos!!!
Fiquei horas e horas matutando sobre isso, bem como quando escrevi a tal postagem que se tornou tão polêmica (a ironia é que a escrevi para acabar com a polêmica, mas enfim). Depois de muito pensar e pesquisar e pensar mais, encontrei dois ótimos textos do Dr. Drauzio Varella que simplesmente exprimem toda a minha opinião sobre o assunto. Este homem da ciência é ateu, mas - novamente, vejam só - apresenta argumentos para justificar sua posição. Tanto ele em seus textos quanto eu em minhas postagens permanecemos, de certo modo, "neutros" em relação à famosa pergunta: Religião é melhor ou mais correta que a Ciência, ou vice-versa?
Estou tentando frisar bem a parte de apresentar argumentos porque acredito que quando as pessoas entenderem isso e colocarem em prática esse ato, não teremos mais problemas tão fúteis e desgastantes, desses em que a gente tem de repetir as mesmas coisas trocentas vezes, bater na mesma tecla sempre, pra depois começar tudo de novo e de novo. Isso me chateia muito, mas voltarei a fazer o que estou fazendo quantas vezes for necessário, para que talvez um dia, quem sabe, consiga parar isso.
Depois desse sincero desabafo de quem aqui lhes escreve, seguem os textos do Dr. Drauzio que, como já disse, são basicamente a minha resposta para os que não compreenderam da primeira vez. Considerem isso como uma segunda chance, não para provar que estou certa, e sim para que exercitem seu bom senso e sua capacidade de digerir informações e argumentar caso não concorde com elas.

A visão de que a vida na Terra evoluiu só para originar o homem não resiste à análise detida.
Muitos imaginam que a vida na Terra evoluiu, a partir de seres inferiores, com o único objetivo de dar origem ao homem. Com o aparecimento de nossa espécie, a evolução teria atingido seu momento de glória.
Essa visão antropocêntrica não resiste à análise mais superficial. Há 4 bilhões de anos, assim que a crosta terrestre resfriou, já começaram a surgir as primeiras bactérias, mães das que estão aí até hoje aparentemente felizes com seu destino, sem qualquer intenção de se tornarem mais humanas.
Se os primeiros hominídeos desceram das árvores nas savanas africanas há meros 5 milhões de anos, houve 3,995 bilhões de anos de vida sem nós. Imaginar que um ser superior precisasse de tanto tempo de experimentação para obter indivíduos tão imperfeitos quanto nós é fazer pouco de sua inteligência.
Se a evolução tivesse como finalidade atingir a “perfeição” (com a criação do Homo sapiens), por que razão nossos parentes mais próximos, com quem compartilhamos 98% de nossos genes, os chimpanzés, teriam surgido 2 milhões de anos depois de nós? Seriam eles mais evoluídos do que nós ou a prova viva de uma experiência fracassada de aprimoramento?
A seleção natural não defende hierarquia alguma nem os interesses de qualquer espécie (os dinossauros que o digam…). Apenas privilegia os indivíduos mais aptos, capazes de vencer a competição pela sobrevivência para reproduzir-se e garantir a presença de seus genes no repertório genético das gerações futuras.
Veja o caso do mais forte de nossos parentes: o gorila. No auge da forma física, um macho chega a pesar 200 quilos, mais do que o dobro do peso das fêmeas. A força bruta lhe confere poder para acasalar-se com várias companheiras e condições para defender a prole.
A oferta abundante de vegetação rasteira nas regiões africanas em que vivem os gorilas não cria obstáculos à vida em grupo. Eles vivem em tropas formadas pelo macho protetor, meia dúzia de fêmeas, os filhotes pequenos e os juvenis.
Os biólogos sabem que a existência de machos grandes e fêmeas pequenas (dimorfismo sexual) é indicativa de disputa pela posse das fêmeas naquela espécie. Os gorilas não fogem à regra. Machos solteiros que atingem a plenitude física não aceitam o celibato e passam a fustigar os mais velhos em seus haréns.
Os combates são violentos, como atestam as cicatrizes que os gorilas machos carregam, mas não são mortais: o perdedor simplesmente se retira, submisso. Quando o vencedor é o desafiante, sua primeira providência é matar os filhotes pequenos, defendidos com unhas e dentes pelas mães.
Voltemos à seleção natural. Teoricamente, os machos que assim agem deveriam ser condenados ao ostracismo e ter seus genes eliminados da comunidade. Se o comportamento infanticida contraria os interesses de sobrevivência da espécie dos gorilas, como consegue ser transmitido de geração para geração?
O comportamento se transmite de pai para filho, porque as fêmeas que acabaram de perder suas crias abandonam o macho incapaz de protegê-las para seguir em companhia do intruso. Como param de amamentar, menstruam e engravidam do novo marido, que passa seus genes para frente e, com eles, a probabilidade de que seus filhos sejam brutais como o pai.
Esse tipo de comportamento infanticida não é exclusivo dos gorilas. Os leões machos, por exemplo, agem de forma semelhante e as leoas reagem de maneira semelhante à das fêmeas dos gorilas.
Desprover a evolução de qualquer propósito intencional, apesar de ser a única forma sensata e racional de estudá-la, em hipótese alguma retira a beleza da criação. Ao contrário: pobreza é imaginar que a vida surgiu sob o comando da varinha de condão de um mágico caprichoso.
Entender como as primeiras moléculas se combinaram aleatoriamente no ambiente primordial da Terra que resfriava, até dar origem às moléculas de RNA e DNA – dotadas da incrível propriedade de fazer cópias de si mesmas, que souberam fabricar camadas externas de proteínas e açúcares para protegê-las e, assim, construir os primeiros seres unicelulares, habitantes exclusivos de nosso planeta por três bilhões de anos; que, mais tarde, se organizaram em formas cada vez mais complexas, numa explosão de biodiversidade, que, por uma sucessão infinita de acasos, chegou até você e eu, leitor, neste momento – oferece uma visão muito mais grandiosa da vida e nos ensina a respeitá-la.


Por mais de mil anos, o homem acreditou ser a Terra o centro do Universo. Nosso planeta estaria parado, e todos os corpos celestes girariam ao nosso redor.
Lá pela época em que o Brasil foi descoberto, Copérnico demonstrou que a Terra e os planetas rodavam pelo céu e que o movimento das estrelas na noite era causado pela rotação da Terra. Perdíamos a supremacia do centro de tudo.
Poucos anos depois, novo baque no orgulho humano: Galileu Galilei. Ele e os que vieram depois nos constrangeram a aceitar que nosso pequeno planeta não passava de um dos bilhões de componentes da Via Láctea, uma das bilhões de galáxias do Universo (se é que não existem bilhões de universos).
Como consolação, apegamo-nos ao fato de que a Terra, pelo menos, deveria ser um planeta especial porque nela vivemos nós, criados à imagem e semelhança de Deus. Por isso, não só as pessoas comuns, mas a ciência também acreditou por muito tempo que Deus havia criado todas as plantas e animais num só dia de trabalho.
Há 150 anos, apareceu Charles Darwin para resolver o problema dos fósseis colecionados nos museus britânicos: seres desaparecidos que guardavam semelhanças importantes com os atuais. Seriam eles ancestrais desses? Por que teriam desaparecido alguns e sobrevivido outros?
Darwin deu uma explicação simples: a vida na Terra seria um eterno competir e sobreviveriam apenas os mais aptos. Aqueles fósseis, eliminados por incompetência, teriam deixado descendentes portadores de características que lhes conferiram vantagens na competição.
Foi o golpe de misericórdia nas pretensões humanas: não passávamos de uma entre milhões de espécies que se formaram a partir das bactérias de 3,5 bilhões de anos atrás! O choque foi de tal ordem que 150 anos depois, na era da informática, muitos ainda combatem as idéias do naturalista inglês: como podemos descender de seres inferiores, se somos tão inteligentes?
A única saída que restou para conciliarmos as evidências cristalinas da seleção natural com a vaidade humana foi a de nos voltarmos para um ser transcendental. Afinal, somos ou não a semelhança Dele? Deus tem barba e veste manto, nunca foi representado como um besouro, embora existam trezentas mil, ou talvez um milhão, de espécies de besouros.
Conduzidos pela mão divina fica mais fácil aceitar a evolução: todas as espécies teriam sido criadas com o objetivo de evoluir até chegar ao objetivo final da evolução: o Homem. Afinal, temos o sistema nervoso de mais alta complexidade. Que mais poderiam almejar amebas, ostras, samambaias ou gorilas do que atingir a condição humana, um dia?
Assim, a evolução seria um rio caudaloso, ávido por desembocar na espécie humana. Todos os que ousaram opor-se à fúria de suas águas foram suprimidos pela seleção natural. Não estão aí os fósseis para provar?
Infelizmente, não foi tudo tão simples. Há quinhentos e trinta milhões de anos, houve uma explosão de biodiversidade na Terra. Entre milhões de espécies da época, há fósseis de uma única dotada de um eixo duro nas costas. Se ela não estivesse lá naquele momento, não teriam nascido os vertebrados de hoje.
Mais tarde, se não estivesse presente um pequeno grupo de peixes com os ossos distribuídos em torno de um eixo firme, central, que dificultava a natação, mas permitia a locomoção fora da água, não existiria a vida terrestre.
Os dinossauros dominaram o planeta por quase duzentos milhões de anos. Enquanto andavam por aqui, os mamíferos não passavam de um pequeno grupo de roedores noturnos, assustados com o tamanho da vizinhança.
Então, há sessenta e cinco milhões de anos caiu um corpo celeste no México, que abriu uma cratera de dez quilômetros. O impacto levantou uma nuvem enorme de poeira e muitos vulcões entraram em atividade. A força física de nada valeu aos dinossauros no meio da poluição que se formou.
Azar deles, sorte nossa! Um desvio de milésimo de grau na trajetória do asteróide, e não estaríamos aqui para fazer filmes sobre eles.
Se, há cinco milhões de anos, não tivesse surgido na África um primata de um metro e pouco, franzino, mas capaz de andar ereto sobre duas pernas e viajar pelo planeta, nossa linhagem provavelmente estaria em extinção como a de nossos primos chimpanzés, muito mais fortes fisicamente.
Muitos preferem pensar que está evidente nessas coincidências a intenção divina. Afinal, tudo deu tão certo para nós. Outros acham que não é bem assim: deu certo para milhões de outras espécies também. Que diferença faz para uma formiga da floresta existirem homens e mulheres na face da Terra? E para os dinossauros e tantas espécies extintas a evolução foi justa?
Os que acreditam num gesto divino provocando sucessivas extinções em massa para abrir caminho ao nascimento do homem não admitem o acaso para explicar nossa presença neste momento. Para os outros, negar que o Homo sapiens tenha surgido por mera casualidade destrói a beleza da criação.
Lendo os dois textos, facilmente percebe-se que tudo gira em torno de acasos. Aí sempre aparecem os religiosos dizendo: "Mas e a condição que a Terra possui exclusivamente para abrigar vida, ela surgiu do nada?" e outras coisas do tipo. Eu acho muito mais bonito acreditar que sim, que realmente existimos por acaso. Por acaso a Terra em seus primórdios foi constantemente bombardeada por corpos vindos do espaço; por acaso, depois de se super aquecer, ela resfriou-se; por acaso, esse resfriamento possibilitou o desenvolvimento de moléculas e células e seres e mais adiante suas respectivas evoluções que, muito por acaso, possibilitaram que nós, seres humanos, fizéssemos parte desse grande acaso que é a vida.
Deixando minha opinião pessoal à parte, os fatos expostos são fatos e seja qual for sua crença, continuarão irrefutáveis. Mas se mesmo assim você se nega a acreditar que, por acaso, nós, a Terra, o Universo e tudo o mais surgimos e existimos todos por um acaso, o ditado "o pior cego é aquele que não quer ver" se aplica indubitavelmente à sua pessoa.

"Bolas espaciais" de carbono


Os cientistas detectaram as maiores moléculas já vistas no espaço, em uma nuvem de poeira cósmica em torno de uma estrela distante. As moléculas de carbono em forma de bola de futebol só foram descobertas na Terra 25 anos atrás, quando foram produzidas em um laboratório. E agora, verifica-se que as condições que foram deliberadamente criadas em laboratório podem ocorrer no espaço também: os cientistas apenas tiveram que procurar no lugar certo.

Estas moléculas são do “terceiro tipo de carbono”, sendo que os dois primeiros tipos são grafite e diamante. Elas são compostas por 60 átomos de carbono dispostos em uma esfera. Os átomos estão ligados entre si em padrões alternados de hexágonos e pentágonos que, na escala molecular, se parecem exatamente com uma bola de futebol.
A equipe de cientistas não estava procurando especificamente essas moléculas, mas acabaram localizando a sua inconfundível “assinatura infravermelho”. Segundo a equipe, elas vibram e oscilam de muitas maneiras diferentes, e ao fazer isso interagem com a luz infravermelha em comprimentos de onda muito específicos.
Quando o telescópio detectou as emissões nesses comprimentos de onda, os cientistas já sabiam que estavam olhando para o sinal das maiores moléculas já encontradas no espaço. O sinal veio de uma estrela na constelação do hemisfério sul de Ara, a 6.500 anos-luz de distância.
Essas moléculas são muito estáveis e duradouras. Portanto, uma vez que elas se formam no espaço, seria muito difícil destruí-las. Mas, segundo os cientistas, esta é uma evidência clara de uma classe inteiramente nova de molécula existente lá.
Os pesquisadores agora querem descobrir qual a fração de carbono do universo que estas esferas poderiam conter. Eles também querem usar as propriedades conhecidas da molécula para obter uma melhor compreensão dos processos físicos e químicos no espaço. A descoberta pode até mesmo lançar luz sobre outras assinaturas químicas inexplicáveis que já foram detectadas na poeira cósmica.

As estrelas de Andrômeda

Andrômeda, também conhecida como M31, é uma galáxia espiral próxima a Via Láctea, com "apenas "2,5 milhões de anos-luz de distância de nós.



Para produzir essa imagem foram usados dados de dois observatórios espaciais diferentes, que usaram ondas além do espectro visível para nós. Na foto, você pode ver as estrelas atuais e as que, provavelmente, ainda irão surgir em Andrômeda.

Estrelas futuras? Nós explicamos. A poeira vermelha que você vê, fotografada pelo observatório Herschel, juntamente com o gás interestelar que cerca Andrômeda consiste no material necessário para a formação de novas estrelas.

Já os dados coletados pelo observatório XMM-Newton mostram os sistemas de estrelas binários de Andrômeda, que contém estrelas de nêutron e buracos negros, representando o estágio final na “evolução estelar”.

Andrômeda tem, aproximadamente, o dobro do comprimento da Via Láctea, com 200 mil anos-luz de uma ponta a outra. 


quinta-feira, 21 de março de 2013

Pisca-pisca noturno? Luzes do passado?

Olá Astroleitores!
Adivinharam o tema da postagem?
Fonte da imagem: Tumblr
Ah, as estrelas... particularmente, um de meus assuntos prediletos. Tão inspiradoras! Mas deixando o lado lírico e poético destas belezinhas a parte, elas também impressionam quanto ao lado científico. 

Estrelas... elas cintilam, certo?

Errado!

Aquele pisca-pisca que vemos no céu noturno é apenas uma ilusão de ótica. O que cintila não são as estrelas propriamente ditas, e sim a imagem que temos delas. O brilho desses corpos celestes tem de atravessar mais de 100 quilômetros da atmosfera terrestre antes de chegar aos nossos olhos e, durante essa travessia, os raios são "balançados" pelo ar, dando a impressão de que as estrelas têm sua luminosidade alterada o tempo todo. 
Por parecerem pequenos pontinhos vistas daqui, quando a atmosfera age em sua luz e distorce suas imagens, a ilusão que temos é a do efeito pisca-pisca. Esse mesmo efeito não ocorre com os planetas visíveis a olho nu - Marte, Vênus, Júpiter e Mercúrio - já que aos nossos olhos suas imagens são maiores que as das estrelas, logo a distorção submetida pela atmosfera não é o suficiente para fazê-los cintilar. Apesar de que até mesmo os planetas, quando o ar está muito agitado, podem parecem piscar.
Vale a pena lembrar que no espaço, sem a interferência da nossa atmosfera, o brilho de qualquer astro é sempre fixo.
Outra coisa interessante: a maioria das estrelas que vemos já não existe mais; ou seja, não estamos vendo a estrela de fato, e sim o seu brilho, que ainda viaja até nossa atmosfera e logo mais, através dela. São luzes do passado, de estrelas que já morreram, mas que de alguma forma se mantém vivas para nós com sua luz.

De qualquer forma, ao menos para mim, é impossível não amá-las... Ha-ha.

Fonte (com modificações): Mundo Estranho

sexta-feira, 8 de março de 2013

Cometas PANSTARRS e ISON

Este ano, dois cometas nos darão o ar de suas graças: PANSTARRS, já nesse mês de março; e ISON, que pode tornar-se muito brilhante e visível em todo o mundo nos últimos meses do ano. Embora um cometa possa ser previsto, seu brilho não pode ser; portanto, os cientistas alegam: é muito cedo para saber se os dois cometas realmente irão nos deslumbrar. Como já disse uma vez o caçador de cometas David Levy, "os cometas são como gatos, pois eles têm caudas, e fazem exatamente o que querem".

PANSTARSS
O cometa é registrado na Nova Zelândia no início de março Foto: AP
Panstarss é registrado na Nova Zelândia no início de março. Foto: AP
Segundo estimativas, o cometa deve ficar tão brilhante quanto Vênus e tornar-se visível no céu principalmente após o pôr do sol durante todo o mês. Ele vai estar bem perto do horizonte. Em 10 de março, ele estará no ponto mais perto do Sol, ou seja, se encontrará mais brilhante e ativo, pois nossa estrela, com seu calor, ventos e radiação, expande o núcleo dos cometas que passam a arremessar para longe o material (gases e poeira) que estava no gelo, formando as clássicas caudas.
Panstarrs é considerado um cometa não-periódico. Provavelmente levou milhões de anos para vir da nuvem de Oort até o interior do nosso Sistema Solar (sendo essa a sua primeira visita). Uma vez que passar pelo Sol, sua órbita vai encurtar para 110.000 anos, ou seja, sua aparição neste mês é realmente uma rara oportunidade.

ISON
Espera-se que, pelo menos por um curto período, ele se torne tão brilhante quanto uma lua cheia - o que deve ocorrer em seu periélio, quando estará mais próximo do Sol, por volta de 28 de novembro de 2013.
Em agosto e setembro, ISON deve tornar-se visível para observadores em locais escuros, com pequenos telescópios ou até binóculos. Já em outubro, deve tornar-se visível a olho nu, mas apenas por pouco tempo, nos primeiros dias do mês. Nesse momento estará passando em frente à constelação de Leão, primeiro perto da estrela Regulus, depois do planeta Marte. Em novembro, continuará a se iluminar, passando muito perto da estrela Spica e do planeta Saturno, na constelação de Virgem. Esses dados podem ajudar observadores a encontrar ISON no céu.
Se tudo correr bem em seu periélio final em 28 de novembro, e se o cometa não se quebrar (como às vezes acontece), ISON pode ficar muito brilhante.
Em dezembro, se o cometa tiver "sobrevivido" a quente proximidade com nosso astro, será o melhor mês para observá-lo. Ele será visível em todo o planeta, antes do nascer do Sol e depois do pôr do Sol.
Nem sempre os cometas correspondem às expectativas. Há uma chance de ISON quebrar-se, como fez o famoso Cometa Elenin em agosto de 2011; por outro lado, pode sobreviver e nos presentear com sua beleza, como fez o Cometa Lovejoy no final de 2011. Nesse caso, ambos os hemisférios seriam agraciados por pelo menos 2 meses, a partir de novembro de 2013 até janeiro de 2014.

PANSTARRS e ISON são fortes candidatos na disputa pelo título de Cometa do Século. 

Fontes: 

domingo, 3 de março de 2013

A polêmica entre Ciência e Religião

Olá meus queridíssimos AstroLeitores!!!

Fiquei uns dias afastada e, como sempre faço quando isso ocorre, busquei matérias e posts em sites e blogs de minha confiança para dar uma atualizada por aqui. 
Meu prezado colega Otávio Jardim Ângelo, do Blog Da Terra Para as Estrelas postou um ótimo conteúdo recentemente (o que não é novidade, rs), mas confesso que dessa vez fiquei mais instigada do que o "normal". Ele tratou da relação entre Ciência e Religião, vejam só!!! Isso de fato é uma surpresa para mim, afinal uma minoria aqui da "blogosfera" ousa tocar nesse assunto tão polêmico; eu mesma, quando sem querer dei uma brecha, acabei tendo uma pequena dor de cabeça com alguns leitores.
As pessoas costumam dizer que religião não se discute, que gosto não se discute, bla bla bla. O resultado? Um povo ignorante, que só sabe se conformar, que não tem argumentos, não consegue ter uma conversa produtiva e construtiva sobre nada sem que acabe em pancadaria. Por esse motivo, fiquei realmente contente por saber que ainda existe gente com a mente aberta, disposta a debater sobre esse e os mais diversos temas.
Tendo a postagem do Otávio me chamado a atenção, decidi tomar o mesmo rumo e falar sobre isso com vocês. Não sei se é uma boa ideia, mas estou disposta a correr o risco pelo bem da informação :)
Já deixei explícito aqui no blog que sou ateísta, mas costumo ser bem justa e neutra, e não puxo sardinha pra lado nenhum. Exponho fatos, argumentos; e é assim que funciona aqui.

"A religião é o ópio do povo", já dizia Karl Marx (que, diga-se de passagem, foi muito mal-interpretado quando o fez, afinal ópio é um constituinte narcótico e a frase em si gerou muitas especulações e críticas). Marx, Durkheim e Weber tinham conceitos distintos acerca da Religião, mas todos eles concordavam veementemente em uma coisa: no processo de secularização. Essa teoria afirmava que as religiões desapareceriam do planeta, num futuro onde as explicações científicas prevaleceriam e seriam o suficiente para acalmar e conformar as massas. Como podemos facilmente perceber, eles estavam redondamente enganados. Na nossa realidade atual, no mundo em que vivemos hoje, a religião continua sendo o ópio do povo. Vários problemas surgiram, o caos nos cerca de todos os lados, mas a religião continua lá, servindo de alicerce para muitos, muitas vezes até mais do que a ciência. O processo de secularização foi descartado e esquecido, dando espaço para outro processo: o da globalização. Esse sim está aí, firme e forte. Informações voam pelo mundo velozmente, há intercâmbio entre culturas, o mundo de repente ficou pequeno. Em contra partida, existe também a disseminação de coisas negativas, várias formas de pregar o ódio, a violência e a dor. Uma onda de pânico cobre a humanidade, que por sua vez se apega às suas crenças. Aí é que surgem os oportunistas, que se dão bem às custas da vulnerabilidade e medo das pessoas, prometendo soluções mirabolantes para toda essa loucura e os males do mundo.

Após essa pequena introdução, vamos direto ao ponto, aquele que todos almejam quando o assunto é Ciência e Religião: qual é o melhor caminho?
Ambos os pensamentos são visões de mundo, percepções do que estamos vivendo, e busca de soluções para isso tudo. Albert Einstein, por exemplo, justificava sua devoção à Ciência como "sentimento religioso cósmico", dizendo que a religião sem ciência é coxa e que sem ciência a religião é cega.
Mesmo os que não possuem religião, são inevitavelmente afetados por ela; e mesmo aqueles que acreditam somente na religião, se utilizam da ciência, também de modo inevitável. Não podemos negar: ciência e religiosidade andam lado a lado. Ambos os aspectos são fundamentais, para alguns mais, para outros menos, mas esse fato é irrefutável. 
 Seguindo este raciocínio, lhes respondo a pergunta central da postagem. 
Tudo o que queremos são respostas. Respostas verdadeiras e duradouras. Se para consegui-las você escolhe se apegar e acreditar na Ciência, ou se apegar e ter fé em alguma Religião, está tudo bem. Mas independente da escolha, busque sempre a verdade. Seja na ciência ou na religião, existem sim muitas falcatruas, como as profecias sobre o fim do mundo e tantas outras que vemos por aí o tempo todo nos noticiários. Então, seja qual for o caminho que escolha ou tenha escolhido, não aceite encheção de linguiça, questione, e se for necessário, mude seu caminho.

Quem quiser dar uma olhada na postagem do Otávio, fica aqui o link.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Possíveis aparições extraterrestres em missões espaciais

A Apollo 11 é considerada a missão espacial de maior sucesso da história da exploração espacial.

Por quê?


Há muitas razões bastante conhecidas, mas uma delas pode ter passado despercebida e talvez seja a prova de que não estamos sozinhos no universo.
Em 1969, no auge da Guerra Fria, os soviéticos haviam assumido a dianteira da corrida espacial. Em 21 de julho do mesmo ano, Neil Armstrong e “Buzz” Aldrin Jr. fizeram história ao se tornarem os primeiros a pisar na superfície lunar, cumprindo assim o objetivo traçado pelo histórico discurso do presidente John F. Kennedy em 1961.


Mas outro fato histórico que muitos desconhecem ou ignoram ocorreu antes da chegada do homem à Lua.
Os astronautas da Apollo 11 mantinham comunicação constante com a NASA, em Houston. Três dias após o lançamento, um deles perguntou se alguém em Houston poderia informar a posição da S-IVB em relação a eles.
A S-IVB era a última parte do foguete propulsor da Apollo 11, que tinha se desprendido dois dias antes. O centro de controle respondeu que a mesma se encontrava a 6 mil milhas náuticas de distância.
Em muitas entrevistas, “Buzz” Aldrin Jr. declarou ter visto através de uma das escotilhas do módulo espacial um objeto luminoso que viajava ao lado deles e que não podia ser parte do próprio foguete.
Os astronautas tiveram o cuidado de não revelar, durante a transmissão, que havia um objeto desconhecido movendo-se junto com eles, e de perguntar à base em Houston o que estavam vendo.
Como sabiam que a transmissão estava disponível para muitas pessoas, temeram que alguém pudesse pensar que se tratava de extraterrestres e solicitar o regresso da Apollo 11 antes da hora.


Até hoje, o que quer que a tripulação tenha visto, não foi identificado ou reconhecido oficialmente.
Essa não é a única declaração do possível encontro com OVNIs em missões espaciais.
Gordon Cooper, um dos sete astronautas do projeto Mercury, foi o primeiro americano a dormir em órbita. Ele também participou do projeto Gemini.



Por muito tempo, Cooper manteve em segredo seus encontros pessoais com OVNIs, mas decidiu contar suas experiências.
Em 1951, quando voava pela Força Aérea dos Estados Unidos, Cooper e outros pilotos foram testemunhas de um jamais explicado oficialmente: uma frota de OVNIs, centenas deles, voando em formação.
Esse fenômeno foi relatado no momento de sua ocorrência. De acordo com declarações do próprio Cooper, não poderiam ser balões meteorológicos porque eram mais rápidos e estavam a grande altitude.
Seis anos mais tarde, quando era supervisor e piloto de prova de naves experimentais na base aérea Edwards, na Califórnia, Cooper teve outro encontro com extraterrestres. Uma equipe experiente de fotógrafos, que deveria filmar a aterrissagem de uma nave experimental, fotografou e gravou a aterrissagem de um estranho disco voador a apenas 46 metros de distância. Cooper recebeu a ordem de revelar os negativos e confirmou a versão da equipe de gravação. Não se tratava de uma nave experimental da força aérea. O evento foi relatado a seus superiores e o material foi enviado a Washington, mas Cooper nunca mais ouviu falar do assunto.



Anos mais tarde, Cooper decidiu escrever uma carta às Nações Unidas com a proposta de criar um comitê para pesquisar o fenômeno OVNI. Na carta, ele dizia acreditar que veículos extraterrestres tripulados, sem dúvida mais avançados tecnologicamente, estavam visitando o planeta Terra.
Gordon Cooper morreu convencido de que o governo norte-americano adotava uma política de encobrimento desses fenômenos.
E pra quem só acredita vendo, segue o vídeo divulgado em 2004 pela Força Aérea Mexicana onde podemos ver um avião de reconhecimento sendo seguido por uma frota de OVNIS.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Marte e suas "curiositys"

Olá Astroleitores!

O robô Curiosity está em Marte há 5 meses. O que será que ele descobriu por lá?

O Curiosity encontrou moléculas de água, enxofre e perclorato (composto formado por cloro e oxigênio) no solo do planeta vermelho. Segundo a publicação da NASA do dia 3 de dezembro, esse composto (perclorato) possui partículas de carbono, elemento orgânico fundamental para formação de vida, mas ainda não é possível afirmar se elas são de origem genuinamente marciana ou se trata de uma "contaminação" que veio da Terra. O jipe-robô foi esterilizado antes de partir para a missão, mas a possibilidade de ter "contaminado" Marte não foi descartada. 
John Grotzinger, chefe da missão, disse em entrevista que os resultados obtidos pelo robô são "dignos de entrar nos livros de história", gerando especulações de que eles teriam sim encontrado provas consistentes sobre a existência de vida extraterrestre e as "esconderam" da mídia.
Maki possui um site (Sci-ənce) onde cria cartoons sobre notícias científicas. O AstroPT traduziu o cartoon que diz respeito da missão Curiosity e, então, segue o link do cartoon original criado por Maki aqui e o traduzido e adaptado pelo AstroPT.
Para visualizar a imagem no tamanho original, clique aqui.
Apesar de tal descoberta, ainda é cedo para afirmar se houve ou poderia existir vida em Marte, a missão está, até então, em sua fase inicial e qualquer especulação é demasiadamente precoce. A grande aposta da missão, que se prolongará por 2 anos, está na investigação da cratera Gale de Marte.

Fonte (com modificações!): UOL Notícias

domingo, 13 de janeiro de 2013

Desaquecimento global?

Olá Astroleitores!

Não estou postando diariamente como havia determinado em uma de minhas metas para esse ano, mas é que tem uma pessoinha chegando na família e estamos todos esbaforidos, minha sobrinha já está pra nascer e aqui tá uma correria que só...

Enfim. Comprei uma revista "Galileu" na época em que só se falava sobre o suposto fim do mundo e encontrei um artigo bem legal no meio de tanta baboseira.

Todos sabemos que as mudanças climáticas estão aí, acarretando diversos problemas para o nosso planeta, porém um ramo da ciência, a geoengenharia, propõe ideias audaciosas (algumas até bem mirabolantes) para solucioná-los.
Entre as diversas propostas, algumas foram descartadas devido aos seus efeitos colaterais ou inviabilidade econômica, enquanto outras até geram resultados, mesmo que bem modestos, como os projetos a seguir:

"Semear os mares"
Os plânctons são organismos minúsculos que vivem no mar e que durante sua vida consomem CO2 da atmosfera. Quando esses seres morrem levam consigo para o fundo dos oceanos o CO2 captado, processo denominado "sequestro de carbono". Logo, quanto mais plânctons, maior a quantidade de CO2 que será "sequestrada" da atmosfera. Uma forma de induzir o crescimento desses seres é semear os mares com ferro, mineral capaz de realizar tal crescimento. 

"Pintar telhados e estradas de branco"
Telhados e estradas de cor escura absorvem mais raios solares e assim, aumenta a concentração de calor no local. Ao pintá-los de branco, eleva-se a capacidade de refletir a luz solar e dissipar o calor.

"Clarear certas nuvens..."
Navios espalhados pelos mares borrifariam uma alta carga de sal em direção a nuvens do tipo stratus (as mais baixas) que geralmente refletem parte dos raios solares. O sal tem o poder de atrair gotículas de água e, quando isso ocorre, as nuvens tornam-se mais densas e brancas. Tais nuvens ganham um potencial muito maior de refletir luz solar e irradiar calor, ajudando a baixar as temperaturas.

"...e destruir outras"
Ao contrário das nuvens stratus, as do tipo cirrus costumam reter calor e, consequentemente, esquentar a temperatura. A ideia é lançar mão de aeronaves que espalhariam sobre tais nuvens iodeto de bismuto, um composto não-tóxico que as dispersariam, evitando a concentração de calor.

"Imitar um efeito dos vulcões"
A erupção dos vulcões lança para a estratosfera (camada da atmosfera acima daquela em que vivemos) grandes quantidades de SO2 (dióxido de enxofre) que permanecem ali por um bom tempo. Esse composto forma um tipo de barreira contra a incidência dos raios solares, resfriando a temperatura. Cientistas querem simular esse efeito bombeando milhões de toneladas de SO2 na estratosfera com o intuito de baixar os registros no termômetro do planeta.

São ideias plausíveis, mas assim como existem prós também existem contras. O que poderia funcionar bem em uma região poderia simultaneamente destruir outra; fora o conflito de interesses entre os países, visto que os mesmos têm prioridades diferentes.
O fato é que temos de fazer algo, afinal, o tempo corre e a temperatura aumenta.
fotolog.com

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Estamos no ano errado?!

Estou reblogando esse post do blog Da Terra Para as Estrelas; pois me chamou a atenção e gostaria de compartilhar com vocês, Astroleitores :]

Para a civilização cristã é mais um ano que passou. Em meio as festas e aos abraços, em algum momento lhe passou pela cabeça que estamos comemorando o ano errado?

Uma pesquisa histórica nos ensina que a era cristã tem inicio no nascimento de Cristo cuja data verdadeira é desconhecida. A estimativa de datas em que se baseia nosso calendário foi feita durante a Idade Média por um monge chamado Dionisyus Exiguus e, segundo uma série de fontes, incluindo a Enciclopédia Católica, de fixar o ano 1 de nossa era em 753 A.U.C. (ab urba condita), depois da fundação de Roma. Acontece que Dionisyus utilizando a data de 25 de dezembro do ano 753 errou nas contas por cerca de 4 anos e além disso não se deu conta de fixar um ano zero; ele apenas chamou o ano 752 de ano 1 antes de Cristo e o de 753 de ano 1 AD (Ano Domini ou Ano do Senhor).

A era cristã foi adotada pela igreja em 532 por sugestão de Dionisyus que decidiu contar os anos a partir de 1º de janeiro em seguida ao nascimento de Cristo. Em 440 é que a Igreja decidiu que a data do nascimento de Cristo seria 25 de dezembro do calendário romano. Os cronologistas por sua vez decidiram retardar sete dias o inicio da era cristã para que coincidisse com o inicio do ano 754 da fundação de Roma. Analisando fatos históricos ligados a Roma e Israel, palco dos acontecimentos, o cálculo de Dionisyus carece de fundamento. Isto porque se Cristo houvesse nascido em 754 da fundação de Roma, Herodes já estaria morto há cinco anos e os apóstolos Mateus e Lucas estariam mentindo.

Sendo válido este raciocínio estamos pois brindando o ano de 2019 ou 2020 segundo o qual Cristo deve ter nascido cerca de seis ou sete anos que o registrado pelo calendário ocidental, considerando o erro maior cometido por Dionisyus. Em seu último livro “A Infância de Jesus”, recém-editado em cinquenta países, o papa Bento XVI diz que Maria deu à luz entre 7 e 6 a.C. o que vem corroborar o acima colocado. Nosso calendário é gregoriano que adveio do juliano e este por sua vez dos egípcios. Ao longo dos séculos, as modificações introduzidas não teve como corrigir as discrepâncias que ocorriam e a solução foi a introdução de um novo calendário pelo papa Gregório XIII que para isto, consultou o astrônomo napolitano Luigi Lilius (1510-1576) e depois o matemático alemão Christophorus Clavius (1537-1612).

Mesmo com as regras estabelecidas no calendário gregoriano que utilizamos a partir de 1582, ele não é perfeito e apresenta um excesso de 0,003 dias em relação ao ano trópico, ou seja, de 1,132 dias em quatro mil anos. Essa diferença pouco significa para a humanidade mas para a datação de fatos históricos, em astronomia, ciência espacial e cálculos relativísticos tal é inadmissível e para isto é que foram criados os relógios atômicos. São eles que controlam a diminuição da rotação do nosso planeta via marés e no fato da Lua afastar-se de nós quatro centímetros por ano. 

O efeito acumulativo da diminuição da rotação da Terra cresce proporcionalmente não ao tempo mas ao seu quadrado. Esses cálculos mostram que a diminuição da rotação da Terra se encarregará no futuro de se elaborar um novo calendário. Cálculos indicam que há 900 milhões de anos o ano tinha 480 dias. Acredito que o calendário deveria ser universal, segundo cálculos astronômicos. Como está é historicamente arbitrário e matematicamente errôneo. Quando brindamos um ano novo significa que transcorreram 365 dias, 05 horas, 48 minutos e 14 segundos. São essas voltas ao redor do Sol que ditam a nossa existência. Quantos anos você tem? Ah!, eu já dei tantas voltas ao redor do Sol. Ninguém diz isso, mas poderia falar.

Mas se estamos mesmo no ano errado, por que simplesmente não "corrigimos" nosso calendário?
Bem como Otávio disse nos comentários de sua postagem, não é nada fácil mudar toda uma tradição e contexto histórico dos país, datas importantes da história da humanidade, tudo o que já está marcado e que praticamente rege nossas vidas do jeito que as conhecemos; se bem que não poder corrigir esse pequeno "furo" não é nenhum desastre, é apenas um pequeno contratempo e não implica em relativamente nada.

De qualquer forma, fica aí o registro disso pra vocês, rs.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Filho de Carl Sagan fala sobre ET's

*Essa notícia tem quase um ano, mas o assunto é de grande interesse, independentemente da "época" retratada.
Nick Sagan, filho do saudoso cientista Carl Sagan, bate de frente com Hollywood no que diz respeito aos extraterrestres. Ele, que já escreveu três livros bem como episódios de Jornada nas Estrelas, não tem papas na língua para mostras seus preconceitos quanto alguns critérios que predominam nos filmes de ficção científica. Achei bem legal o ponto de vista dele e me identifiquei com sua opinião; basta uma pitada de raciocínio lógico e tchã-rãn: temos o "óbvio" :)


“Humanos terem qualquer chance contra invasores alienígenas armados com tecnologia superior?“, diz Sagan, “Boa sorte. Se eles forem avançados o suficiente para cruzarem as enormes distâncias do espaço interestelar, eles são avançados o suficiente para nos varrer sem o menor pingo de suor. Por que não atirar alguns asteróides contra nós? Como iremos nos defender disso? O conceito de impetuosos humanos mais fracos triunfarem no final pode fazer sucesso nas bilheterias, mas na realidade isso seria impossível“.

E se você acha que poderíamos derrotar os invasores com alguma exclusividade do nosso planeta, Nick também irá lhe contrariar...

“Fala sério, nós os derrotarmos com um vírus de computador? Nossos micróbios são a criptonita deles? E, de qualquer forma, por que eles iriam nos atacar? Não há escassez de outros planetas que eles queiram, e se eles realmente não gostassem de nós, por que não simplesmente ficarem sentados e assistir nossa auto-destruição? Certamente somos capazes disso“, disse ele.

Apesar dessas críticas, Nick sente alguma afeição por contatos com ets. Ele realça dois filmes que pensa estarem próximos ao que a experiência realmente seria.

“Permita-me não surpreender ninguém por elogiar o filme Contact [escrito por seu pai], como o melhor exemplo de como isto poderia acontecer. Ouvi muitos astrônomos dizerem que este é o filme mais próximo da realidade como a comunidade científica poderia reagir, e da mesma forma, as cenas onde os membros do governo expressam suas preocupações, para mim são plausíveis. Isto posto, fora um primeiro contato real com alienígenas, ninguém realmente sabe como reagiremos quando isso acontecer. Nós temos idéias, estratégias em potencial, protocolos do SETI. Quando recebermos o sinal, tudo que se pensava pode estar errado. Além do filme Contact, eu acho que há algo convincente a respeito de District 9. Apesar de aberrante em algumas formas, (como muitas alegorias de ficção científica são), a idéia que poderíamos segregar e subjugar o ‘outro’ parece verdadeira à experiência humana, especialmente se aquele ‘outro’ for menos poderoso do que nós. Isso atinge o coração do porquê há tantos alienígenas assustadores na ficção científica – apesar de não sabermos quase nada sobre como as formas reais de vida extraterrestre (se elas existirem) reagiriam. Nós sabemos o quão miseravelmente podemos tratar as formas de vida aqui na nossa própria Terra“.

Mas e se o dia do contato realmente chegasse, o que Nick esperaria? Um mínimo de união.

“Ainda, espero que se, e quando, o cenário do primeiro contato realmente acontecer, conseguiremos nos unir como humanos, e caminharmos bravamente para dentro daquilo que o futuro nos reserva,” disse ele.

Fonte (com modificações): OVNI Hoje

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2013 já começa com shows no céu

Olá meus queridos, lindos, cheirosos e amados Astroleitores!!!
Antes de tudo, gostaria de desejar um ano cheio de paz, amor e alegria para vocês, ah, e dinheiro r$r$r$, afinal é preciso viver também...
Enfim, muito obrigado por ser leitor do PdA, esse projeto que amo muito e hoje faz parte da minha vida, e que vocês, Astroleitores, ajudaram a criar.

Esse ano já começa cheio de graça... 
Confira os eventos astronômicos dos 3 primeiros meses de 2013:

Data e hora (UTC-3)Efeméride
01/01/2013 às 21h59Periélio da Terra: Menor distância entre a Terra e o Sol (147,1 milhões de km).
03/01/2013 às 10h33Chuva de meteoros (qua): Chuva de meteoros na constelação Boieiro (Boötes).
05/01/2013 às 16h54Conjunção Lua - Espiga: Alinhamento entre a Lua e a estrela Espiga (Spica).
06/01/2013 às 22h28Conjunção Lua - Saturno: Alinhamento entre a Lua e o planeta Saturno.
10/01/2013 às 07h26Perigeu da Lua: Mínima distância entre a Terra e a Lua (360 mil km).
10/01/2013 às 08h36Conjunção Lua - Vênus: Alinhamento entre a Lua e o planeta Vênus.
21/01/2013 às 23h57Conjunção Lua - Júpiter: Alinhamento entre a Lua e o planeta Júpiter.
22/01/2013 às 07h52Apogeu da Lua: Máxima distância entre a Terra e a Lua (400 mil km).
01/02/2013 às 22h25Conjunção Lua - Espiga: Alinhamento entre a Lua e a estrela Espiga (Spica).
03/02/2013 às 06h55Conjunção Lua - Saturno: Alinhamento entre a Lua e o planeta Saturno.
07/02/2013 às 09h09Perigeu da Lua: Mínima distância entre a Terra e a Lua (360 mil km).
18/02/2013 às 08h31Conjunção Lua - Júpiter: Alinhamento entre a Lua e o planeta Júpiter.
19/02/2013 às 03h30Apogeu da Lua: Máxima distância entre a Terra e a Lua (400 mil km).
01/03/2013 às 03h56Conjunção Lua - Espiga: Alinhamento entre a Lua e a estrela Espiga (Spica).
02/03/2013 às 12h21Conjunção Lua - Saturno: Alinhamento entre a Lua e o planeta Saturno.
05/03/2013 às 20h20Perigeu da Lua: Mínima distância entre a Terra e a Lua (360 mil km).
17/03/2013 às 22h16Conjunção Lua - Júpiter: Alinhamento entre a Lua e o planeta Júpiter.
19/03/2013 às 00h13Apogeu da Lua: Máxima distância entre a Terra e a Lua (400 mil km).
20/03/2013 às 08h02Equinócio de Março: Começa a Outono.
28/03/2013 às 11h29Conjunção Lua - Espiga: Alinhamento entre a Lua e a estrela Espiga (Spica).
29/03/2013 às 17h18Conjunção Lua - Saturno: Alinhamento entre a Lua e o planeta Saturno.
31/03/2013 às 00h55Perigeu da Lua: Mínima distância entre a Terra e a Lua (360 mil km).


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