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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Desvendando a matéria escura (ou quase lá)

Já comentei sobre a Matéria Escura em algumas postagens. 
Essa substância misteriosa que não interage com a luz, segundo teoria, forma boa parte do Universo, mas ninguém sabe descrever sua estrutura de modo preciso. 
Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) antes de ser enviado ao espaço (Foto: Divulgação/Michele Famiglietti/CERN/Nasa)
Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) antes de ser enviado ao espaço (Foto: Divulgação/Michele Famiglietti/CERN/Nasa)
Nessa quarta-feira (03) cientistas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) anunciaram que podem ter identificado evidências de matéria escura no Universo, ressaltando ainda que podem ter registrado traços físicos da tal substância ao estudar a radiação de pósitrons (o equivalente a um elétron, mas com carga positiva) identificados na Estação Espacial Internacional (ISS) nos últimos 18 meses.
O estudo acerca da matéria escura foi realizado com a ajuda do Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) a bordo da ISS. O AMS identificou uma quantidade razoável de pósitrons que podem ter surgido do decaimento da matéria escura. Segundo os pesquisadores, tais dados podem levar a uma descoberta muito empolgante no futuro. O AMS vai continuar em atividade e nos próximos meses (ou anos) poderá afirmar se os pósitrons são de fato evidências da matéria escura ou se têm alguma outra origem.
"Seria incrível, algo como descobrir um continente completamente novo", afirmou a física Pauline Gagnon, que trabalha no Cern.

Fonte (com modificações): G1

Uma breve conversa entre Richard Dawkins e Stephen Hawking

Olá Astroleitores!

Achei esse vídeo enquanto passava o tempo no Facebook e gostei muito, é bem curtinho porém interessantíssimo. Um trecho de cinco minutos de uma conversa entre Richard Dawkins e Stephen Hawking, onde abordam temas como Evolução, Origem da Terra e do Universo, Universos Paralelos, o futuro da humanidade, previsões para a ciência, enfim...



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Evolução estelar

Este é um dos conteúdos nível 4 (Ensino Médio) da OBA*

Ômega Centauro, o maior aglomerado
globular da Via Láctea.
(scienceblogs.com.br)
"Evolução Estelar" é o nome dado à série de estágios e mudanças que ocorrem na vida de uma estrela. Essas etapas avançam de forma gradual e lenta, podendo levar até bilhões de anos.
As estrelas, assim como nós, seres humanos, nascem, vivem e morrem.
O primeiro estágio da evolução estelar é o nascimento
Aglomerados estelares são verdadeiros "jardins de infância". São várias estrelas recém-nascidas, próximas, geralmente formadas da mesma nuvem de gás e poeira, amadurecendo. Existe um tipo de aglomerado estelar, o chamado aglomerado globular, onde as estrelas estão bem juntinhas em apenas um ponto, quase que esférico. 
Berçário Estelar LH95
(astronomy-universo.blogspot.com)

As estrelas nascem no que chamamos de berçário estelar, nuvens de gás e poeira cósmica, que pela força da gravidade se agrupam, adquirem densidade e calor e formam um tipo de disco (o mesmo tipo que deu origem ao sistema solar).
 Após muito tempo nessa situação, o disco fica tão denso e tão quente que converte seus átomos de hidrogênio em átomos de hélio. 
Essas fusões nucleares não cessam tão cedo. O hidrogênio continua sendo convertido em hélio, o que funciona como um combustível para a atividade da estrela. 

Plêiades, estrelas jovens.
(anjosereno.webnode.pt)
Assim como é a fase da adolescência e puberdade para nós, ser uma estrela jovem é passar por constantes mudanças, intensa atividade e diversas instabilidades. Ela sofre variações na temperatura, massa e diâmetro.
Durante a meia-idade, (quando a estrela chega em sua sequência principal, fica apenas queimando hidrogênio) ela ainda é muito jovem, portanto ficará nesse ciclo durante muito tempo. Diz-se que a estrela chegou em sua fase de estabilidade. Essa fase equivale a quase 90% de toda a vida das estrelas.
Antares, uma gigante vermelha.
(megastrologia.com.br)

A maturidade da estrela começa quando a maior parte de sua reserva de hidrogênio já se esgotou. Praticamente todo o seu núcleo já se converteu em hélio, assim, a fusão entre as moléculas de gás diminui e dá início a um período de contração e superaquecimento. Novamente, a densidade e o calor aumentam tanto que o movimento se inverte e a estrela passa a se expandir, virando uma gigante vermelha.


Estágios finais da evolução estelar
A morte de uma estrela depende crucialmente de sua massa;
1. Se a massa da estrela for até duas vezes a do Sol, sua contração a transformará em uma anã branca, pequeno astro moribundo, 100 vezes menor que seu tamanho original; 2. Se a massa for duas a três vezes a do Sol, sua contração será tão violenta que as partículas de gás tornam-se nêutrons. O resultado é a chamada estrela de nêutrons, o segundo corpo celeste mais denso do Universo; 3. Se a massa da estrela for três vezes maior que a do Sol, sua contração final será tão violenta que o núcleo se transformará num buraco negro, o corpo celeste mais denso que se conhece. Enquanto isso, os gases periféricos dão origem a uma supernova, massa gasosa que brilha por pouco tempo e logo desaparece.
Fontes (com modificações!):

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Newtal!!!

Olá!!!

bulevoador.com.br
Na noite de hoje, crianças aguardarão o bom velhinho e cristãos comemorarão o nascimento de seu Salvador. Como já deixei bem explícito desde que criei o blog, sou ateísta, e, portanto, não comemoro o natal (talvez não como a maioria da população).

Ao invés de Natal, comemoro o Newtal!!!
Você pode comemorar ambos, se for cristão e também amante da ciência...

De acordo com o calendário juliano usado então em Woolsthorpe, Inglaterra, Newton nascera dia 25 de dezembro de 1642. Não contou com uma estrela de Belém mas, graças a ele, pudemos conhecer o movimento dos astros.

Newtal
lablogatorios.com.br

Este homem nos presenteou com a lei da gravitação, as leis do movimento, o cálculo, o teorema binomial, o telescópio de reflexão, o espectro da luz... Mais do que um motivo para comemorarmos seu nascimento.
Muitos comemoradores do Newtal (ou Newtonmas, em inglês) enfeitam suas árvores, não com bolinhas coloridas, e sim com pequenas maçãs, em alusão à história de Newton, iluminado com o conceito de gravidade embaixo duma macieira.
Enfim, cada qual com seu cada qual, não é?!

Deixo aqui o meu voto de Feliz Natal e Feliz Newtal a vocês, 

meus queridíssimos Astroleitores!!!




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A suposta maçã mais ilustre da Física

Este ano foram distribuídos livros didáticos públicos aos alunos do Ensino Médio. A princípio eu não liguei muito para eles; recebi, guardei e acabei deixando pra lá. Agora que entrei em férias e fico de bobeira em casa boa parte do dia, tenho tempo de sobra para analisá-los com mais atenção. E são muito bons!!! Tem bastante coisa interessante e a linguagem é bem descontraída, os textos são claros e objetivos e eu me interessei muito, especialmente pelos de Física, História, Geografia e Português. 
Folheando o livro de Física agora a pouco, encontrei uma historinha, uma lenda da Física super famosa que, com certeza, vocês já devem ter ouvido falar...
arquivoxiasd.com
Uma lenda na história da Física é a da queda da maçã. Newton tentava entender porque a Lua não se afastava da Terra , na década de 1660, quando estando em um jardim observou uma maçã caindo de uma árvore. A "estória" teria sido inventada por Newton para convencer e tomar aceita sua alegação de que a descoberta da Gravitação Universal ocorrera cerca de 20 anos antes de sua publicação, no Principia. Isso ocorreu devido uma contenda (disputa) entre ele e Robert Hooke pela paternidade da Lei do Inverso do Quadrado (1/r²) e, então, antecipou  a descoberta da Gravitação Universal para um período anterior a uma troca de cartas com Hooke.
Hooke, em novembro de 1679, escreveu a Newton apresentando-lhe o seguinte problema: Se um corpo sofre uma atração em direção a um centro, que tipo de curva seria sua órbita, se a atração varia inversamente com o quadrado da distância? Newton não respondeu e, em 1684, Edmund Halley visitou-o e fez-lhe a mesma pergunta. Newton teria respondido que, segundo seus cálculos, era uma elipse, porém não achou os cálculos. Halley insistiu, então, que ele escrevesse seus cálculos novamente. O resultado, após algumas pequenas revisões, foi o "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural".
Com uma leitura cuidadosa do livro de Newton e seus cadernos de nota, L. B. Cohen, um estudioso de Newton, propõe que:
1) Newton chegou à Gravitação Universal por uma aplicação de sua Terceira Lei (ação e reação);
2) A Terceira Lei só foi formulada por ele no Princípios por volta de 1685, logo a história da maçã é falsa, pois teria ocorrido 20 anos antes e;
3) Newton aprendeu a tratar trajetórias curvas a partir de um método desenvolvido por Hooke. 
 (Adaptado de DIAS; SANTOS; SOUZA, 2004, p. 265-266)
Fonte: Livro Didático Público - Física - Ensino Médio 2ª Edição.

Teorias e riscos acerca da expansão do Universo

Olá Astroleitores!

Reservei esse post exclusivamente para tirar uma dúvida vinda do astroleitor Leonardo Comerlatto e falar sobre esse assunto que eu nunca comentara aqui no blog tão especificamente.
Pergunta: "Existe algum risco em relação a expansão do Universo?"

Bem... que o Universo está em expansão nós já sabemos. Na verdade, ele sempre esteve, mas só descobrimos isso há mais ou menos um século, pois até então o processo era lentíssimo, imperceptível. A expansão do Universo é uma consequência do Big Bang, a grande explosão que originou o Cosmos; logo, o Universo expande-se desde que surgiu, porém nos últimos tempos essa "inflação" tem ocorrido em ritmo bem mais acelerado e aparente.

www.inovacaotecnologica.com.br
Ano passado, três cientistas ganharam o Prêmio Nobel de Física com seus estudos sobre a expansão do Universo, adquiridos com observações constantes de Supernovas. As estrelas explodem quando chegam ao final de sua vida, e baseados nessas explosões, afirmaram que o Universo está inflando cada vez mais rápido; pois a luz emitida pelas supernovas está cada vez mais distante de nós.
Estes cientistas também apresentaram riscos que o Universo corre se continuar crescendo: o "Big Rip", grande rasgo, em inglês, um tipo de morte cósmica onde galáxias, estrelas e até os próprios átomos seriam dilacerados; ou um tipo de "nova era glacial": O Universo se inflaria tanto, tanto, que ficaria "distante" das fontes de luz e energia, tais fontes se dispersariam e um frio intenso e rigoroso tomaria conta de toda a imensidão.

Mas, de acordo com um grupo de cientistas brasileiros, essa teoria é um bocado exagerada. Seus estudos indicam que a expansão começará a frear daqui aproximadamente 6 bilhões de anos, e o fim catastrófico sugerido pelos cientistas norte-americanos seria substituído por um fim lento e tranquilo.
O que refuta a teoria do suposto fim catastrófico é imaginar que o Universo se expandirá para sempre. "Se isso acontecer, você acaba tendo um horizonte de eventos futuros, previsíveis, ou mesmo uma singularidade", diz Alcaniz.
"Singularidade" refere-se a uma situação em que as leis do cosmos simplesmente não valem mais - na singularidade de um buraco negro, por exemplo, a gravidade e a pressão seriam infinitas. A maioria dos físicos rejeita a existência da singularidade, pois se tudo no mundo real fosse determinado, infinito, irrefutável, inquestionável, o Universo não faria mais sentido.
Em particular, a chamada teoria das cordas - hoje a principal candidata a explicar todos os fenômenos cósmicos de maneira coerente - não poderia ser formulada se a expansão desenfreada do Universo realmente desembocasse num horizonte de eventos.
Alcaniz e seus colegas escaparam do dilema conciliando as observações sobre a expansão com o conceito de campo escalar. O lado interessante do campo escalar é que ele é dinâmico, "evolui ao longo do tempo e do espaço na histórica cósmica", explica o pesquisador.
"Nesse contexto, a expansão teria sido desacelerada no passado, teria começado a acelerar há 5 bilhões de anos e, daqui a 6 bilhões de anos, pararia de acelerar de novo", diz ele.


galileu.globo.com
"Daqui a alguns poucos anos, é possível que nós já tenhamos dados para descartar ou confirmar essa proposta. Para isso, ainda é preciso melhorar a precisão das medições de fenômenos como as explosões de supernovas, a radiação cósmica de fundo (o "eco" da explosão que criou o Universo) e a estrutura dos aglomerados de galáxias", afirma o cosmólogo Jailson Alcaniz, coordenador do estudo.
A explicação para o processo de expansão foi proposta com base na existência de energia escura, que exerceria força contrária a da gravidade e ao invés de atrair, afastaria as coisas. 
Dessa forma, o risco de um "Big Rip" seria afastado. Ao invés de ser feito em pedacinhos no fim de sua história, o Universo continuaria a se expandir, mas num ritmo cada vez mais lento, tornando-se, pouco a pouco, mais rarefeito e mais frio e morrendo suavemente.

"É um final como o que imaginávamos antigamente para o cosmos", resume Alcaniz.

Hoje, tanto o modelo do "Big Rip" quanto o do grupo podem explicar as observações astronômicas. Só medições mais precisas é que poderão mostrar quem está com a razão.



sábado, 1 de setembro de 2012

Maiores mistérios atuais da Astronomia

Salut! Ça va? (praticando meu francês, ha-ha)

A Revista "Science", uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, geralmente publica avanços ou esclarece questões da Ciência, porém há uns 3 meses os editores prepararam uma série chamada "Mistérios da Astronomia", que dá espaço a dúvidas ainda não foram solucionadas, apresentando oito fenômenos que os cientistas não conseguem explicar ou entrar num consenso para isso.
O que é energia escura?
Há 14 anos, os cientistas descobriram a energia escura, mas ainda não conseguiram explicar exatamente o que ela é. Pelos conhecimentos que a humanidade tem de física, a expansão do Universo deveria ser cada vez mais lenta. Porém, a expansão está, na verdade, se acelerando. A – desconhecida – causa dessa aceleração recebeu o nome de energia escura.

Os astrônomos têm três possíveis explicações para o fenômeno. Ela pode ser alguma propriedade desconhecida do espaço no vácuo, um novo tipo de campo de força – chamado de “quintessência” – ou, ainda, sinal de que as teorias científicas a respeito da gravidade estão incorretas. O grande problema é que os especialistas não têm nem pistas de como poderão fazer experiências para chegar a uma conclusão.
Galáxia Abell 1689 teria matéria escura, segundo os astrônomos (Foto: Nasa, ESA, E. Jullo (JPL), P. Natarajan (Yale), & J.-P. Kneib (LAM, CNRS))
Galáxia Abell 1689 teria matéria escura, segundo os astrônomos (Foto: Nasa, ESA, E. Jullo (JPL), P. Natarajan (Yale), & J.-P. Kneib (LAM, CNRS))
Qual é a temperatura da matéria escura?
A “matéria escura” é uma teoria desenvolvida em 1933 para explicar como as galáxias se mantêm unidas. Uma quantidade de massa invisível explicaria o campo gravitacional que une os corpos celestes de uma galáxia.

Os físicos ainda não sabem precisamente o que é a matéria escura, mas provavelmente conseguirão detectar algumas de suas partículas dentro de poucos anos. Até lá, a temperatura dessa matéria permanecerá um mistério. Pela teoria atual, ela deveria ser gelada, mas se admite que ela pode ser bem mais quente.
Onde estão os bárions desaparecidos?
Bárion é um termo genérico para descrever as partículas subatômicas, como os prótons e os nêutrons. Pelos cálculos dos astrônomos, cerca de 10% da massa bariônica do Universo está nas galáxias. Gases quentes intergalácticos também formam 10% do Universo, e outros 30% são nuvens de gases frios.

Sobraram 50%, a metade das partículas do Universo, que os cientistas não conseguem localizar. Uma teoria afirma que esses bárions estariam num plasma difuso, mas ainda não há consenso quanto a isso.
Como as estrelas explodem?
A morte de uma estrela não é um processo pacífico. Depois de brilharem por milhões, muitas vezes bilhões de anos, elas se transformam em uma bola de fogo gigante conhecida como “supernova”. As supernovas já são objeto de estudo científico há décadas, mas ainda não está claro para os astrônomos quais são os processos que antecedem a explosão dentro das estrelas.

Imagem da supernova RCW 86, feita com a composição de dados obtidos por quatro telescópios diferentes (Foto: Nasa/ESA/JPL-Caltech/UCLA/CXC/SAO)
Imagem da supernova RCW 86, feita com a composição de dados obtidos por quatro telescópios diferentes (Foto: Nasa/ESA/JPL-Caltech/UCLA/CXC/SAO)
O que reionizou o Universo?
O estudo da história do Universo tem uma lacuna importante que diz respeito ao que acontece dentro dos átomos. De acordo com a teoria, o Big Bang, a explosão que deu início ao Universo como conhecemos, aconteceu há 13,7 bilhões de anos.

Cerca de 400 mil anos depois disso, com a temperatura já mais fria, a atração natural de prótons e elétrons formaria átomos estáveis de hidrogênio. Centenas de milhões de anos depois, no entanto, algo retirou elétrons desses átomos, e formou íons – que não têm um número estável de elétrons e, por isso são mais propensos a reações. O que não se sabe é o que foi esse algo responsável pela reionização.
Qual é fonte dos raios cósmicos mais energéticos?
Há 50 anos, no estado norte-americano do Novo México, cientistas detectaram uma partícula extremamente energética, que recebeu o nome de raio cósmico. Esse raio era, na verdade, um núcleo de um átomo que vaga pelo Universo trombando em corpos celestes, com uma energia de 100.000.000.000.000.000.000 eV – valor tão alto que não podia ser produzido por nenhum processo conhecido até então. E continua sendo, por que os cientistas ainda não conhecem o processo que gera tamanha energia.
Por que o Sistema Solar é tão bizarro?
Pelo Universo afora, planetas de todos os tipos – quentes, frios, rochosos, gasosos, grandes e pequenos – giram ao redor de estrelas. O Sol é capaz de reunir essa diversidade de planetas em torno de si.

Levando em conta massa, composição química e tamanho, Vênus seria o par mais próximo da Terra, mas os planetas são quase opostos. Vênus tem uma atmosfera ácida, densa e quente, e não tem sinais de já ter tido água – enquanto a Terra é cheia de oceanos. A rotação dos dois também é completamente diferente – em Vênus, o dia dura mais que o ano.
A comparação entre Terra e Vênus é apenas um exemplo da diversidade encontrada entre os oito planetas e outros corpos celestes do sistema.
Por que a coroa solar é tão quente?
No interior do Sol, onde ocorre fusão nuclear, a temperatura supera os 16 milhões de graus Celsius. Na superfície, a temperatura é bem mais baixa, na casa de 5 mil graus Celsius. Porém, acima da superfície, se forma a coroa solar, onde a temperatura supera 1 milhão de graus Celsius.

Os cientistas sabem que a energia solar é suficiente para gerar temperaturas tão altas e que o campo magnético do Sol é forte o bastante para levar a energia até o campo magnético. Os detalhes do processo, no entanto, ainda estão longe de ser um consenso, e há várias teorias conflitantes oferecendo essa explicação.
'Música solar' ocorre em fluxos magnéticos que compõem a coroa solar. (Foto: Nasa/Divulgação)
É na coroa solar que se originam as erupções solares (Foto: Nasa/Divulgação)
FONTE: G1

domingo, 30 de outubro de 2011

Incentivar, não impôr.

Olá! 
Estou gostando de ver... Apesar de eu ter ficado afastada por um tempo, pude perceber que vocês ainda visitam meu humilde e pequeno espaço na Internet; meu cantinho para discussões produtivas e reflexões.

Ontem, quer dizer, na madrugada de hoje, eu postei o artigo anterior denominado Analfabetismo Científico, onde a Roberta do blog Observatório Extremo Sul coloca em discussão a educação científica das crianças; ou seja, o modo com que elas interpretam a Ciência.
Recebi comentários ótimos, e fiquei feliz.
Depois, vi que havia um outro comentário no artigo A Formação da Terra e dos Seres Vivos, abri, li, e fiquei intrigada. Muito mesmo.
O comentário é do Louis Morelli. Vou tentar explicar em partes.
Pra começar, gostaria de esclarecer algumas coisas que eu pensei já ter deixado claras assim que criei este Blog há 1 ano e 2 meses.
• Este é um Blog de divulgação científica, com especialização na área de Astronomia. Eu apenas capturo temas ou notícias; exponho minhas opiniões e nada mais, não sou eu quem determina certas coisas, pois não sou Astrônoma Profissional, professora de Física, Química, Ciências; nem trabalho na NASA nem em nada parecido. Sou apenas uma adolescente que ama olhar para o céu e pensar nas inúmeras possibilidades de estarmos aqui. Será que vocês me entendem?
• Eu não gosto de misturar meus pensamentos religiosos com temas astronômicos. Cada um tem sua opinião, e cada segmento tem suas teorias. Deixo claro mais uma vez que sigo o Ateísmo (não creio em deuses, em nenhum, por simples bom senso), mas isso não quer dizer que devo impôr à todos a minha vontade, não forço ninguém à acreditar no mesmo que eu, escolhi a Ciência como minha religião, mas isso não quer dizer que tudo o que a Ciência diz é certo. Aquilo ali e pronto. Fiz o Blog exatamente para isso: Para deixar questões em aberto, para que continuem buscando respostas. Nada está determinado nesse mundo, nenhuma teoria foi concluída de fato, está tudo aí na nossa frente para que pesquisemos e busquemos novas possibilidades e razões.
• Eu sou humana. Não estou sempre certa. Exponho o que penso aqui, na esperança de que vocês, que se juntaram à mim para trocar idéias e teorias, possam me dizer: "Thainá, talvez possa estar errado" ou "Essa idéia aqui é melhor que esta". Sabe? Temos que duvidar de tudo. Duvidar das teorias. Duvidar do que nos impuseram. Não se contentem com aquilo que lhe foi forçado, se arrisque à errar, à duvidar, à dizer: "Isso pode ser mentira".
Dados os esclarecimentos sobre quem sou e em quê o Blog consiste, vamos ao comentário.

Quando postei o artigo anterior, não quis dar à entender que você deve chegar para uma criança de 10 anos e dizer: "Ei, o mundo surgiu de uma explosão, você veio dessa explosão também, e é isso". Não é isso. Assim, você estará IMPONDO uma TEORIA, que pode ou não ser verídica. (1º caso)
A mesma coisa acontece na maioria das famílias, ainda quando as crianças são pequenas: "Reze para o papai-do-céu", "Reze antes das refeições", "Papai-do-céu não gosta de mentiras" e outras variadas frases que eu cresci escutando. Quando um pai ou mãe faz isso, está IMPONDO uma crença à seu filho. E assim, como a criança não tem conhecimento de outras crenças, logo se apega à aquilo que lhe foi imposto. Não se preocupa em pesquisar, em duvidar daquilo. Simplesmente aceita. (2º caso)
Tanto no 1º como no 2º caso, são imposições. Em ambos, a criança que recebeu tal imposição crescerá IGNORANTE, ANALFABETA. O que eu tinha em mente quando postei, era que os adultos oferecessem mais opções às crianças, não as sufocassem. As incentivassem à abrir suas mentes, à se tornarem pessoas desencanadas, dispostas à conhecer antes de concluir, abertas para as possibilidades.
Louis Morelli disse:

Thainá,… parabéns pelo blog. Tenho uma questão. Num artigo você aponta o problema da educação cientifica no Brasil. Sabemos quanto as doutrinas religiosas tem desviado a razão humana da realidade. Mas não seria uma errada educação cientifica tão perniciosa quanto as doutrinas religiosas? Um exemplo de errada educação cientifica é o titulo dêste artigo: “A formação da Terra e dos seres vivos”. Onde está a palavra “teoria”? Em seguida o artigo diz: ‘há evidências cientificas...”. Quais são estas evidências que não conheço? Quando e onde foi assistida a formação de qualquer astro celeste, um evento que deve se prolongar por milhões de anos?!
Ok. A palavra teoria não aparece ali no texto por que qualquer opinião referida à Ciência é considerada teoria até que se prove ou não o contrário. 
As evidências estão espalhadas pelo Universo. Astrônomos no mundo todo se dispõem à assistir formações celestes, que ocorrem basicamente com gases e discos de poeira, que se fundem, se super-aquecem, e se solidificam. Acontece que isso tudo demora bastante tempo para se concluir. Busque um pouco mais de fontes, pesquise mais sobre isso, e depois, me diga o que encontrou.


Mas a principal questão é: quais eram as fôrças naturais e os elementos ou substâncias que existiam na Terra antes das origens da Vida e que atuaram nas origens das propriedades vitais, tais como replicação e depois reprodução sexual? Ciclo vital, metabolismo, etc? E estas fôrças não atuaram tambem na formação do planeta?
Se você tem um mínimo de conhecimento sobre a Evolução do Universo, da Terra e dos Seres Vivos; a resposta fica clara. A Terra criou condições para a vida - água, no geral; atmosfera e climas favoráveis - mas não à vida humana, em seus primórdios. Nosso planeta abrigava apenas condições para a vida das bactérias - seres unicelulares; depois planktons, e assim por diante. Levando em conta que tudo isso levou muito tempo, foram passos longos, um de cada vez.
Conforme foram se evoluindo, tanto a Terra - que foi criando cada vez mais condições essenciais à vida - quanto aos organismos - que devido às condições propícias foram adaptando e evoluindo seus sistemas - se conectaram. Ou seja, quanto mais a Terra evoluía, os seres vivos também se evoluíam; e vice-versa. Até que ficou tão evoluído, mas tão evoluído, que nós aparecemos. Não assim, "do nada", mas em uma jornada de milhões de anos. Sabe... Evoluir não é algo tão simples. Mas eu ainda prefiro acreditar que viemos do macaco, do que acreditar que viemos de um "sopro divino", do barro, de um estalo, ou seja lá do que for :)


Não existe um elo evolucionário racional entre estas teorias das origens do planeta e da origem do que depois êle produziu: o primeiro sistema celular vivo. Algo está tremendamente errado aí. E êste êrro tambem desvia as mentes das crianças da realidade. a não ser que sejam alertadas em palavras grifadas: isto é uma teoria mas a questão continua em aberto para que vocês continuem procurando a verdade. 
Como eu disse: Tudo não passa de teoria; até que se prove ou não o contrário. É por isso que quero incentivar, não impôr idéias. Incentivar a pesquisa, o espírito investigativo, a desconfiança positiva, as dúvidas produtivas.


A propósito, existe um outro modêlo “teórico” cosmológico que sugere quais eram e onde estavam as tais fôrças na formação do planeta. Mas é algo totalmente inédito que será dificil captar e entender numa primeira vista. E não existem fatos cientificos comprovados anulando o modêlo.O importante é que o modêlo nos desperta para a existência de outras alternativas e mais lógicas ou racionais. ( se interessar veja em http://theuniversalmatrix.com ). Abraços e... que tenha fôrças para continuar esta obra benemérita.
Enfim... Quem estiver interessado, entra no site! 
Espero ter esclarecido algo à vocês; não levem à mal o meu jeito "rústico e sistemático", rsrs.
Adoro discussões positivas, isso constrói nosso caráter e incentiva a busca pela verdade.
Abraços! e não se esqueçam de deixar comentários se discordam ou concordam com os argumentos do texto :)

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